Nêga Alencar defende permanência dos trabalhadores do mercado Leopoldo Neves
A vereadora Nêga Alencar (PSD) saiu em defesa dos trabalhadores antigos do mercado central “Leopoldo Neves” que foram retirados da lista de cadastro e não poderão retornar aos seus pontos de venda naquele logradouro público por determinação do prefeito Bi Garcia.
O mercado passou por uma reforma e ampliação e será reinaugurado no próximo dia 27 de maio. Porém, alguns permissionários de box, como de venda de café, sopa e lanchonete foram excluídos dos seus postos de trabalho.
O pronunciamento da vereadora foi em tom de indignação, por conta do que classificou como uma covardia do prefeito de Parintins. O discurso da parlamentar foi durante a sessão da Câmara Municipal de Parintins, na manhã de terça-feira, 21 de maio.
De acordo com Nêga Alencar, a situação de abandono dos feirantes foi constatada em três reuniões com esses trabalhadores do mercado central. Para a vereadora é preciso a população entender que para o serviço de revitalização do mercado central foram disponibilizados recursos financeiros suficientes, sendo que o projeto seria para reforma e ampliação.
“Quando você fala ampliação, é para aumentar, para agregar novos espaços de trabalho para mais pessoas. Mas, há vários feirantes fora da lista escolhida pelo prefeito de Parintins, que por sinal, está em algum hotel cinco estrelas fora do País”, afirmou a parlamentar.
Nêga informou que o descaso da administração municipal é tão grande que dos 25 trabalhadores antigos do mercado, apenas 17 irão retornar para os boxes de trabalho, sendo que 8 feirantes estão fora e vão perder sua única fonte de renda para o sustento da família.
“São oito pais de famílias que estão fora da ilustre lista do prefeito Bi Garcia. São trabalhadores com mais de 20, 30 anos no mercado. Isso é grave. O prefeito bilionário já vendeu doce e acredito que não se recorda do seu suor e do trabalho nos mercados. Está tentando levar o suor dos feirantes, a oportunidade de colocar a comida no prato de alguém”, protestou.
A vereadora Nêga Alencar expôs a proposta do prefeito sobre a cobrança de uma taxa que varia entre R$ 500 a R$ 1.200, além do pagamento do alvará, taxas de água e luz.
“Antes eles (feirantes) pagavam uma taxa de alvará de funcionamento de R$ 100 e taxa de limpeza de R$ 20, como ajuda de custo para material de limpeza dentro do mercado. Agora está sendo discutido uma taxa surreal”, criticou.
“Coloque todos os que já estavam trabalhando no mercado ou abra licitação para os “escolhidos”, até porque foi uma ampliação do mercado municipal. Quais foram os critérios adotados pelo prefeito para a escolha para se trabalhar dentro do mercado?”, questionou Alencar.
“Eles querem seu trabalho de volta. É vergonhoso, é covardia. É covardia com os feirantes que esperam a quase dois anos a entrega do mercado municipal. Mais uma covardia do nosso prefeito bilionário”, concluiu a vereadora.