Após incidente com ônibus escolar, comunitários do Zé Açu exigem providências do Poder Público

por clely — publicado 30/03/2019 00h40, última modificação 30/03/2019 00h42 Foto e Texto: Clely Ferreira – Assessoria de Imprensa da Câmara
Por muito pouco um grupo 45 crianças da Escola Municipal Minervina Reis Ferreira não teve um fim trágico. Na manhã de quarta-feira (27) o ônibus escolar derrapou na estrada Bom Socorro/Santa Fé e atolou na lama. O incidente causou pânico, mas, por sorte, não deixou feridos.

Por muito pouco um grupo 45 crianças da Escola Municipal Minervina Reis Ferreira não teve um fim trágico. Na manhã de quarta-feira (27) o ônibus escolar derrapou na estrada Bom Socorro/Santa Fé e atolou na lama. O incidente causou pânico, mas, por sorte, não deixou feridos.

Crianças saindo, caminhando e caindo na lama. Assim foi descrita a cena. Comprovadamente, a situação é caótica – estrada toda esburacada, trechos totalmente escorregadios e um verdadeiro lamaçal devido período chuvoso. O ônibus ficou preso em um dos tantos atoleiros contidos ao longo do trecho.

O veículo permaneceu no local até esta sexta (29), após a visita do presidente da Câmara Municipal de Parintins em exercício, vereador Marcos da Luz (PRB), e do vereador Telo Pinto (PSDB), que respondia interinamente como Prefeito Municipal. Uma força-tarefa com caminhões e moradores foi realizada para retirar o automóvel do atoleiro.

Os parlamentares atenderam ao pedido da população para ver em loco a situação. Em reunião com comunitários de Bom Socorro, Santa Fé, Quebra e adjacentes da região do Zé Açu, o clima era de revolta e frustração diante de tamanho descaso. “É um desrespeito. A situação perdura por mais de 10 anos e agora chegou no limite da população não aguentar mais tanto sofrimento”, desabafou o coordenador da comunidade Santa Fé, José Raimundo Teixeira.

“Meus filhos para estudar têm que andar dois quilômetros só para chegar na estrada. Pensei que estavam na escola e estavam atolados. Chegaram para cá meio dia, andando.  A situação da estrada para minha casa é bem pior do que isso. Estamos cansados de reivindicar e não sermos atendidos”, lamentou uma mãe.

A comunidade clama por uma resposta do poder público. Isto ficou evidente no discurso de cada morador. No encontro eles até entregaram abaixo-assinado. Comovidos com a situação contada e testemunhada, os vereadores comprometeram-se em somar esforços para intervir em prol à melhoria da estrada.

 “Nós estamos aqui para conhecer e nos irmanar. Sem a estrada não tem educação, sem educação o homem está condenado a viver como um animal. Ele não chega a se desenvolver. Vamos buscar todos os meios para trazer uma solução de imediato, mas permanecer na luta para fazer um trabalho que possa dar dignidade para vida de vocês que se dedicam aqui para alimentar a família, para sobreviver”, declarou o vereador Marcos da Luz.

“Só de fazer esse trajeto, a gente encontra uma realidade que eu nunca tinha visto, agora imagina feito de madrugada ou à noite. Não dá para esperar uma licitação. A situação é gritante, é urgente. Se for preciso contratar de forma particular, nós vamos contratar. Temos que, em um curto espaço de tempo, trazer aqui as máquinas para trabalhar”, afirmou o vereador Telo Pinto.